domingo, 12 de julho de 2009

A escola é funcional?

Onde estão as BOAS PRÁTICAS do Ensino,

Sociedade e Culturas. ???


Às vezes sinto-me perdida na escola; não pelos alunos, as crianças espelham o ambiente onde são educadas, mas pelo ambiente criado à volta da hipocrisia e burocracia que cresce ao longo do ano lectivo.
Na escola que se pretende aberta à comunidade, não existe uma verdadeira comunicação entre entidades! Onde falha a interacção que deve existir entre os comportamentos cívicos os valores e o bom senso?
Deixei de ter tempo para preparar visitas de estudo como gosto, de dar prazer aos alunos, sentir que tiram partido dos conhecimentos, responsabilidade, alegria de viver e da empatia que se cria fora das paredes da sala de aula, ser capaz de conciliar o trabalho da aula / escola.
O novo conceito de escola, é muitas vezes contraditório, das teorias pedagógicas ao ensino aprendizagem (aluno), até ás leis e normativos legais.
Do plano de actividades, à transversalidade entre as várias disciplinas, à calendarização, à materialização do elo professor / aluno / escola, dos suportes como prioridades orientadores de opções educativas, passando pelos documentos onde as ideias se organizam em função do trabalho com os alunos, que muitas das vezes divergem em contextos fora da realidade e…onde os problemas sociais são difíceis de trabalhar na sala de aula. Tendo a diferenciação dos alunos, origem em situações de pobreza persistente, reduzidos consumos culturais, grupos desfavorecidos e marginais, falta de cuidados básicos de higiene, situações de abuso e negligência, consumo de substâncias aditivas, famílias disfuncionais, ou problemas de discriminação racial ou social; tudo isto exige metodologias diferenciadas que devem ter em conta as dimensões da turma e as suas necessidades diversificadas, para que possa existir uma eficaz articulação disciplinar.
Todo o trabalho pedagógico implica um esforço, a que se juntaram dificuldades acrescidas das condições de trabalho e da matriz organizadora da instituição escolar numa escola em transformação.
Os novos elementos de avaliação, na constante mudança e complexidade, são na minha opinião um entrave a todo o processo educativo e ao processo de avaliação tanto de alunos como de professores.

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